Com o Projeto Reeducandos, MobiBrasil devolve dignidade a egressos do sistema prisional

Movida por pessoas e consciente de sua responsabilidade social no setor de transporte público, a MobiBrasil tem inovado com o projeto Reeducandos, que busca reinserir egressos do sistema prisional na sociedade através do trabalho.
O projeto Reeducandos começou a ser desenvolvido em maio de 2024, numa parceria com o governo de Pernambuco, através da Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap).
Atualmente, 27 reeducandos que cumprem pena em regime aberto ou estão em livramento condicional atuam nas atividades de auxiliar de operação na MobiBrasil em Pernambuco. A maioria atua nos terminais integrados fazendo a orientação de embarque e desembarque de passageiros.
A proposta do projeto é dar oportunidade de trabalho remunerado para os egressos do sistema penitenciário e, assim, torná-los socioprodutivos. A MobiBrasil acredita que, dessa forma, contribui para que tenham mais qualidade de vida e reduzam a reincidência criminal, já que passarão a ter responsabilidade econômica, ética e social.
“O trabalho é uma das principais formas de ressocialização e, por isso, nosso objetivo é ser um meio para que essa oportunidade mude a vida e a perspectiva dessas pessoas. Esperamos que este projeto possa prepará-los para o mercado de trabalho e que, ao final do cumprimento das penas, eles possam ser aproveitados em nossos quadros ou em outros locais do mercado”, afirma Elaine Aguiar, gerente de Recursos Humanos da MobiBrasil Pernambuco.
Alguns dos reeducandos, por exemplo, estão com a MobiBrasil desde o início do projeto devido ao bom desempenho das atividades. Os trabalhadores, entretanto, não têm vínculo empregatício com a empresa, sendo apenas remunerados pelo trabalho.
ESPERANÇA DE RECOMEÇO

Para quem integra o Reeducandos, a esperança de recomeçar é o maior estímulo. Isso porque muitos deles têm na iniciativa da MobiBrasil a primeira oportunidade de trabalho depois que deixam o sistema prisional.
É o caso, por exemplo, de Ginaldo, que está em liberdade há dois anos e não tinha conseguido nenhum emprego desde então, até ser incluído no projeto. “É a primeira oportunidade que tive desde então e agora, graças a esse trabalho na Mobi, me vejo como um exemplo de mudança, de que é possível, sim, recomeçar”, afirma.
Outro exemplo de como o Reeducandos pode abrir caminhos e estimular o recomeço é Cledson, que já integra o projeto há dois anos e está fora do sistema prisional há quatro anos. Pai de dois filhos, ele é só agradecimento pela oportunidade de trabalho. “Quem quer mudança não volta para o sistema, apesar de toda a dificuldade que é recomeçar. Mas a sociedade vê nosso esforço e reconhece a mudança. O Reeducandos é um exemplo disso”, diz.